Skip to main content

QUEM PRECISA DE UMA “LISTA DE APOIO”? E POR QUÊ?

Corre a notícia da articulação de uma “lista de apoio” ao sr. Frederico Barbosa, em função de … … Incapaz de sustentar sozinho um debate intelectual, na verdade, incapaz de sustentar qualquer debate intelectual, recorre o Sr. Frederico Barbosa ao velho expediente imaturo da “lista de apoio”. O caso é simples e claro: publiquei um longo texto questionando a qualidade da programação cultural da Casa das Rosas, da qual o sr. Barbosa é o diretor. É meu direito, como cidadão e como crítico literário. Ato contínuo, o sr. Frederico Barbosa publicou um poema medíocre atacando a pessoa (fato inquestionável: http://www.cronopios.com.br/site/poesia.asp?id=5310) do editor do meu texto, Régis Bonvicino. Como o gesto do sr. Barbosa foi incivil, além de intelectualmente infame (pois nenhuma resposta convincente publicou nesse meio tempo aos meus questionamentos de sua gestão), Régis Bonvicino, poeta há 40 anos, na condição de objeto do ataque pessoal e vil travestido de poema, veio a público apenas comunicar tal fato, inclusive para um superior do sr. Frederico Barbosa, pois caso ele próprio o ignore, ocupa cargo em uma instituição pública ligada ao governo do Estado, e deve por isso, responder publicamente por qualquer de seus atos ou gestos. Assine tal “lista de apoio” quem assim o quiser, mas sem poder alegar depois ignorância dos fatos. O referido poemeto do Sr. Frederico Barbosa é, explicitamente, um ataque pessoal vil e infame, sem a escusa fácil da condição de poema, no qual, aliás, já fala do “juiz sem juízo”. Usar o “juiz” de novo não representa pois qualquer novidade, mas, mera covardia. Como meu texto, procurei colaborar com a gestão de Barbosa, que não teve a humildade de sequer refletir sobre ele.
Luis Dolhnikoff


 Sobre Luis Dolhnikoff

Luis Dolhnikoff estudou Medicina (1980-1985, FMUSP) e Letras Clássicas (1983-1985, FFLCH-USP). Entre 1990 e 1994, co-organizou em São Paulo, ao lado de Haroldo de Campos, o Bloomsday SP, homenagem anual a James Joyce. Em 2005, recebeu uma Bolsa Vitae de Artes para estudar a vida e a obra do poeta Pedro Xisto. Entre 2006 e 20014, foi articulista de política internacional na Revista 18, do Centro de Cultura Judaica de São Paulo. Como crítico literário e articulista, colaborou, a partir de 1997, com os jornais O Estado de S. Paulo, A Notícia, Diário Catarinense, Gazeta do Povo, Clarín e, recentemente, Folha de S. Paulo, bem como em várias revistas. É autor do livro de contos Os homens de ferro (São Paulo, Olavobrás, 1992), além dos livros de poemas Pânico (São Paulo, Expressão, 1986, apresentação Paulo Leminski), Impressões digitais (São Paulo, Olavobrás, 1990), Lodo (São Paulo, Ateliê, 2009), As rugosidades do caos (São Paulo, Quatro Cantos, 2015, apresentação Aurora Bernardini, finalista do Prêmio Jabuti 2016) e Impressões do pântano (São Paulo, Quatro Cantos, 2020).