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De pestilentia Atheniensium – Lucrécio – fragmento Livro VI

Tradução: Mario Domingues

Nunc ratio quae sit morbis, aut unde repente1
mortiferam possit cladem conflare coorta
morbida uis hominum generi pecudumque cateruis,
expediam. Primum multarum semina rerum
esse supra docui quae sint uitalia nobis,
et contra quae sint morbo mortique necessest
multa uolare. Ea cum casu sunt forte coorta
et perturbarunt caelum, fit morbidus aer.
Atque ea uis omnis morborum pestilitasque
aut extrinsecus ut nubes nebulaeque superne
per caelum ueniunt, aut ipsa saepe coorta
de terra surgunt, ubi putorem úmida nactast
intempestiuis pluuiisque et solibus icta.
Nonne uides etiam caeli nouitate aquarum
temptari procul a pátria quicumque domoque
adueniunt, ideo qui longe discrepitant res ?
Nam quid Brittannis caelum diferre putamus,
et quod in Aegypto est qua mundi claudicat axis,
quidue quod in Ponto est differre, et Gadibus atque
usque ad nigra uirum percocto saecla colore ?
Quae cum quattuor inter se diuersa uidemus
quattuor a uentis et caeli partibus esse,
tum color et fácies hominum distare uidentur
largiter, et morbi generatim saecla tenere.
Est elephas morbus qui propter flumina Nili
gignitur Aegypto in media, neque praeterea usquam.
Atthide temptantur gressus, oculique, in Achaeis
finibus. Inde aliis alius locus est inimicus
partibus ac membris: uarius concinnat id aer.

Agora abordarei as razões das doenças2
e como se conflagram os mórbidos poderes
que deflagram flagelos letais, para homens
e animais. Primeiro há, como afirmei antes,
muitos corpos que são essenciais ao homem,
mas também esvoaçam no ar pestes, pragas,
a morte, enfim. Se acaso se elevam, se turvam
completamente o céu, tornam maligno o ar.
Todo contágio vigoroso, pestilento,
ou vem do alto céu, onde passeiam as nuvens,
as névoas, ou da própria terra ele ressurge –
o que é comum: quando apodrece em umidade,
quando açoitada por sóis, rios intempestivos.
Não percebes que quem vem de locais longínquos,
estranha o clima novo, no céu e nas águas,
já que provam de díspares realidades?
Por que julgamos ser diverso o céu do Egito,
onde o eixo do mundo se verga, do céu
da Britânia, do Ponto? Céu dessemelhante
em Gádis,3 terra das queimadas raças negras?
Porque estes quatro céus se mostram diferentes
aos quatro ventos, pelos paços celestiais;
pois várias são as cores e as fisionomias
dos homens, cada raça tem seus próprios males.
Germina a elefantíase às margens do Nilo,
no médio Egito, tão somente em tal lugar.
A moléstia, em Atenas, é nos pés. Na Grécia
remota, ataca os olhos. Há locais hostis
também a outros membros, pois são outros ares.

Proinde ubi se caelum quod nobis forte alienum
commouet, atque aer inimicus serpere coepit,
ut nebula ac nubes paulatim repit, et omne
qua graditur conturbat et immutare coactat.
Fit quoque ut, in nostrum cum uenit denique caelum,
corrumpat, reddatque sui símile atque alienum.
Haec igitur subito clades noua pestilitasque
aut in aquas cadit, aut fruges persidit in ipsas,
aut alios hominum pastus pecudumque cibatus,
aut etiam suspensa manet uis aere in ipso;
et, cum spirantes mixtas hinc ducimus auras,
illa quoque in corpus pariter sorbere necessest.
consimili ratione uenit bubus quoque saepe
pestilitas, et iam pigris balantibus aegror.
Nec refert utrum nos in loca deueniamus
nobis aduersa et caeli mutemus amictum,
an caelum nobis ultro natura coruptum
deferat, aut aliquid quo non consueuimus uti,
quod nos aduentu possit temptare recenti.

Haec ratio quondam morborum et mortifer aestus4
finibus in Cecropis funestos reddidit agros,
uastauitque uias, exhausit ciuibus urbem.
Nam penitus ueniens Aegypti finibus ortus,
aera permensus multum camposque natantis,
incubuit tandem populo pandionis omni.
Inde cateruatim morbo mortique dabantur.
principio caput incensum feruore gerebant,

Quando um céu forasteiro se impõe sobre nós,
deslizando a serpente de seu ar funesto,
inflando como nuvem ou névoa, perturba
o caminho onde passa, obriga a mudar tudo.
Então, o ar corrupto alcança nosso céu,
que se torna um estranho semelhante a si.
Logo um mal novo, uma doença, um novo estrago
pousa nas águas ou se alastra nos pomares,
no alimento dos homens, no pasto do boi –
seu poder permanece suspenso no ar
e quando respiramos ares corrompidos,
do mesmo modo o corpo os sorve, num instante.
Pela mesma razão, a moléstia se infiltra
entre os bois, entre lentas ovelhas balantes.
Não importa qual desses lugares adversos
atinjamos, trocando de manto celeste,
nem que, espontânea, nos envie a natureza
um céu deteriorado, ou outra coisa estranha
a nós, que nos ataque com sua chegada.

Esta moléstia, esta maldita emanação,5
que os campos da Cecrópia tornou salobras,
derruiu ruas, evacuando toda a urbe.
Pois vinda do profundo íntimo do Egito,
cruzou grandes estâncias de ar flutuante,
por fim caiu sobre os cidadãos de Pandíon.6
Aos bandos, decaíram por doença e morte.
Primeiro, a peste fez ferverem as cabeças,

et duplicis oculos suffusa luce rubentes.
Sudabant etiam fauces intrinsecus atrae
sanguine, et ulceribus uocis uia saepta coibat,
atque animi interpres manabat lingua cruore
debilitata malis, motu grauis, aspera tactu.
Inde ubi per fauces pectus cmplerat, et ipsum
morbida uis in cor maestum confluxerat aegris,
omnia tum uero uitai claustra lababant.
Spiritus ore foras taetrum uoluebat odorem,
rancida quo perolent proiecta cadauera ritu.
Atque animi prorsum uires totius et omne
languebat corpus leti iam limine in ipso.
Intolerabilibusque malis erat anxius angor
adsidue comes et gemitu commixta querella.
Singultusque frequens noctem per saepe diemque
corripere adsidue neruos er membra coactans
dissoluebat eos, defessos ante, fatigans.
Nec nimio cuiquam posses ardore tueri
corporis in summo summam feruescere partem,
sed potius tepidum minibus proponere tactum,
et simul ulceribus quasi inustis omne rubere
corpus, ut est per membra sacer dum diditur ignis.
Intima pars hominum uero flagrabat ad ossa,
flagrabat stomacho flamma ut fornacibus intus
Nil adeo possis cuiquam leue tenueque membris
uertere in utilitatem, at uentum et frigora semper.
In fluuios partim gelidos ardentia morbo
membra dabant, nudum iacientes corpus in undas.
Multi praecipites lymphis putealibus alte
inciderunt ipso uenientes ore patente:

olhos se avermelharam com brilhos molhados.
Então, gargantas negras também vomitavam
sangue, calaram as cordas vocais, ulceradas;
goteja fel a língua, emissária da mente,
débil de males, balbucios, asperezas.
Pela goela o peito se encheu, desde então
chegou ao coração o poder da doença,
desabou toda a fortaleza da existência.
Exalavam da boca um hálito terrível,
Com cheiro de cadáveres podres no chão.
Enfraquecem de todo os vigores do espírito,
o corpo desfalece ao limiar da morte:
a perplexa aflição, os gemidos, as queixas
são companheiros desta peste insuportável.
São incessantes os soluços, dia e noite
os nervos se incendeiam, por todos os membros,
esgotando-os, nervos já tão fatigados.
Não se viam bem claros os sinais externos
de que o corpo fervia em duradouro ardor,
mas, à palma da mão, o corpo expunha febre,
fazia sentir quente a carne, feito rubras
chagas queimando, como o fogo sacro,7 os membros.
Ardiam os mais íntimos ossos das pessoas,
o estômago inflamava, como fosse um forno.
Nada havia de tão leve que lhes cobrisse
braços e pernas, a não ser o vento frio.
Alguns banhavam os membros quentes nos rios
frios – corpos morrendo em meio a corredeiras.
Uns logo submergiram as cabeças nas águas
dos poços fundos, vindos já de boca aberta:

insedabiliter sitis Arida, corpora mersans,
aequabat multum paruis umoribus imbrem.
Nec requies erat ulla mali: defessa iacebant
corpora. Mussabat tacito medicina timore,
quippe patentia cum totiens ardentia morbis
lumina uersarent oculorum exspertia somno.
Multaque praeterea mortis tum signa dabantur:
perturbata animi mens in maerore metuque,
triste supercilium, furiosus uoltus et acer,
sollicitae porro plenaeque sonoribus aures,
creber spiritus aut ingens raroque coortus,
sudorisque madens per collum splendidus umor,
tenuia sputa minuta, croci contacta colore
salsaque, per fauces rauca uix edita tussi.
In manibus uero nerui trahere et tremere artus
a pedibusque minutatim succedere frigus
non dubitabat. Item ad supremum denique tempus
compressae nares, nasi primores acumen
tênue, cauati oculi, caua tempora, frigida pellis
duraque in ore, iacens rictum, frons tenta tumebat.
Nec nimio rígida post artus morte iacebant.
Octauoque fere candenti lumine solis
aut etiam nona reddebant lampade uitam.
Quorum si quis, ut est, uitarat funera leti,
ulceribus taetris et nigra proluuie alui
posterius tamen hunc tabes letumque manebat,
aut etiam multus capitis cum saepe dolore
corruptus sanguis expletis naribus ibat:
huc hominis totae uires corpusque fluebat.
Profluuium porro qui taetris sanguinis acre
exierat, tamen in neruos huic morbus et artus

a sede irrefreável, mergulhando os corpos,
era constante, fosse muita ou nula a água.
A peste era sem pausa, jaziam cansados
os corpos. Médicos calavam, temerosos,
as febres da doença mudavam no enfermo
a luz dos olhos, tão privados de seu sono.
Além desses, surgiram mais sinais da morte:
há angústia no espírito, a mente se turva;
o rosto triste, e logo irado, violento;
os zunidos contínuos alarmando o ouvido,
respiração ora ofegante, ora profunda;
o pescoço umedece em fluidos de suor;
cuspes e escarros salgados, cor de açafrão,
da garganta arrancados pelas tosses roucas.
De fato, a peste retesa nervos, palpita
os membros, e não tarda o frio em ascender
dos pés às mãos. Nas horas finais, estrangula
as narinas, afina os narizes, afunda
os olhos, resfriando, enrijecendo os lábios,
a boca franze em riste, o rosto todo tenso.
As juntas endurecem depressa com a morte.
Desistiam da vida à luz do oitavo dia,
ou mesmo durante o nono giro solar.
Mesmo quando um doente evitava os velórios,
logo esperavam-no fraqueza, diarreias
negras, cruas feridas, a morte contagiante.
Ou ainda, bastante sangue podre escorre
pelo nariz, com fortes dores de cabeça:
fluem do corpo todas as forças do homem.
Mesmo que não menstruem sangue repugnante
e escuro, o mal invade músculos, tendões,

ibat, et in partis genitalis corporis ipsas.
Et grauiter partim metuentes limina leti
uiuebant ferro priuate parte uirili,
et manibus sine nonnuli pedibusque manebant
in uita tamen, et perdebant lumina partim:
usque adeo mortis metus his incesserat acer.
Atque etiam quosdam cepere obliuia rerum
Cunctarum, neque se possent cognoscere ut ipsi.
Multaque humi cum inhumata iacerent corpora supra
Corporibus, tamen alituum genus atque ferarum
aut procul absiliebat, ut acrem exiret odorem,
aut, ubi gustarat, languebat morte propinqua.
Nec tamen omnino temere illis solibus ulla
Comparebat auis, nec tristia saecla ferarum
Exibant siluis. Languebant pleraque morbo
Et moriebantur. Cum primis fida canum uis
Strata uiis animam ponebat in omnibus aegre;
Extorquebat enim uitam uis morbida membris.
Incomitata rapi certabant funera uasta.
Nec ratio remedi communis certa dabatur;
Nam quod ali dederat uitalis aeris auras
Uoluere in ore licere et caeli templa tueri,
Hoc aliis erat exitio letumque parabat.
Illud in his rebus miserandum magnopere unum
aerumnabile erat, quod ubi se quisque uidebat
implicitum morbo, morti damnatus ut esset,
deficiens animo maesto cum corde iacebat,
funera respectans animam amittebat ibidem.
Quippe etenim nulo cessabant tempore apisci
ex aliis alios auidi contagia morbi,
lanigeras tamquam pecudes et bucera saecla.

alcança os sexos das mulheres e dos homens.
Alguns sobreviviam, castrados no fio
do ferro, temerosos entre a vida e a morte,
manetas e pernetas também resistiam
vivos; outros perdiam o brilho dos olhos,
tanto os tomava o negro receio da morte.
Alguns se esqueciam de tudo, dos eventos,
das coisas, estranhavam até mesmo a si próprios.
Montes de corpos sobre corpos, insepultos,
restam na terra, mas escapam certas aves,
certos animais fogem do pútrido odor
ou, quando o provam, prostram-se à morte, que ronda.
Em geral, ave alguma vinha à luz durante
esses dias, nenhum animal se exibia
nos bosques, já que definhavam com essa peste
e faleciam, sobretudo os cães, fiéis,
pousavam a alma nas estradas, nas veredas.
A doença extraía a vida do organismo.
Funerais sem cortejo atravessavam as ruas.
Nenhum remédio funcionava em toda a gente:
a uns, propiciava ares animados
ao rosto, estar ao ar livre e a céu aberto;
a outros, a falência e a carnificina.
O pior, algo mais infame e deplorável
nestes momentos, era quando alguns se viam
presos pela doença, fadados à morte:
sem ânimo, deitavam, o coração tristonho –
a si mesmos velando, esvoaçava a alma.
O certo, realmente, é que se contagiavam
de modo ininterrupto, uns aos outros, sôfregos –
o mesmo nas manadas de ovelhas, carneiros.

Idque uel in primis cumulabat funere funus.
Nam quicumque suos fugitabant uisere ad aegros,
uitai nimium cupidos mortisque timentis
poenibat paulo post turpi morte malaque,
desertos, opis expertis, incúria mactans.
Qui fuerant autem praesto, contagibus ibant
atque labore, pudor quem tum cogebat obire
blandaque lassorum uox mixta uoce querellae.
Optimus hoc leti genus ergo quisque subibat.

* * *

inque aliis alium, populum sepelire suorum
certantes: lacrimis lassi luctuque redibant;
inde bonam partem in lectum maerore dabantur.
Nec poterat quisquam reperiri quem neque morbus,
nec mors nec luctus temptare tempore tali.

Praeterea iam pastor, et armentarius omnis
et robustus item curui moderator aratri
languebat, penitusque casa contrusa iacebant
corpora paupertate et morbo dedita morti.
Exanimis pueris super exanimata parentum
corpora nonnumquam posses retroque uidere
matribus et patribus natos super edere uitam.
Nec minimam partem ex agris is maeror in urbem
confluxit, languens quem contulit agricolarum
copia conueniens ex omni mórbida parte.
Omnia conplebant loca tectaque; quo magis aestu
confertos ita aceruatim mors accumulabat.
Multa siti prostrata uiam per proque uoluta
corpora silanos ad aquarum strata iacebant,
interclusa anima nimia ab dulcedine aquarum,

Por isso, funerais atrás de funerais.
Todos que evitavam visitar os doentes,
temendo a morte, eram logo castigados
por um óbito estúpido e vexaminoso,
sozinhos, sem cuidados, vítimas sem trato.
Já alguns, mais solícitos, desfaleciam
por contágio e fadiga; expunham-se, por honra,
às vozes mansas e aos lamentos dos enfermos.
Morriam assim os que fossem corajosos

* * *

uns sobre outros, buscam sepultar seus mortos:
voltam exaustos, de tantas lágrimas e lutos;
muitos passavam seus tristes dias na cama,
assediados pela morte e pela dor.

Os guias dos arados curvos, os peões,
os pastores de rebanhos, todos fraquejavam,
no profundo das tendas, com os corpos deitados,
prontos para morrer, por pobreza e doença.
Notavam-se cadáveres pais sobre os corpos
dos filhos, e também cadáveres meninos,
inanimados, sobre os cadáveres pais.
O flagelo do campo tomou grandes áreas
da cidade, levado pela multidão
de lavradores, vindos de locais molestos.
Enchiam as casas; deste modo, aglomerados,
arrebanhava-os a morte no verão.
Destruídos de sede, caíam nas ruas,
rolavam até as fontes, e lá se deitavam –
as almas afogadas em tanta água doce.

multaque per populi passim loca prompta uiasque
languida semanimo cum corpore membra uideres
horrida paedore et pannis cooperta perire
corporis inluuie : pellis super ossibus una,
ulceribus taetris prope iam sordeque sepulta.
Omnia denique sancta deum delubra replerat
corporibus mors exanimis, onerataque passim
cuncta cadaueribus caelestum templa manebant,
hospitibus loca quae complerant aedituentes.
Nec iam religio diuom nec numina magni
pendebantur: enim praesens dolor exsuperabat.
Nec mos ille sepulturae remanebat in urbe,
quo prius hic populus semper consuerat humari;
perturbatus enim totus trepidabat, et unus
quisque suum pro re praesenti maestos humabat.
Multaque res subita et paupertas horrida suasit.
Namque suos consanguineos aliena rogorum
insuper exstructa ingenti clamore locabant,
subdebantque faces, multo cum sanguine saepe
rixantes potius quam corpora desererentur.

Nas ruas, nas moradas, uma turva turba
de moribundos, lassos, de membros mortiços,
imundos, recobertos de trapos, os corpos,
encardidos, morriam: eram pele e osso,
pele já morta por feridas e sujeira.
Enfim, a morte acumulou corpos inanes
nos templos sacros: os altares de seus deuses
ficavam de cadáveres abarrotados,
dos hóspedes, guardados pelos guardiões.
Não vigoravam nem o poder das igrejas
nem a força dos deuses, triunfava a dor.
A cidade perdeu os ritos funerais
com que o povo enterrava seus queridos mortos.
Todos tremiam perturbados, machucados,
cada um sepultando os seus como podia.
Desastres e miséria conduzem ao horror.
Punham seus familiares sobre piras altas
com pilhas de outros corpos, entre choros, gritos,
e arremessavam as tochas, brigando e vertendo
sangue, sem desertar seus consanguíneos.


Notas

[1] Tituli: 1090 PESTILENTIA VNDE CREATUR. LUCRÉCE. De la nature. Texte établi et traduit par Alfred Ernout. 5. tir. Tome I. Paris: Les Belles Lettres, 1985.

[2] A edição do poema por Alfred Érnout apresenta os títulos dos fragmentos de acordo com seu tema, neste caso, “Onde nascem as pestes”.

[3] Ponto, região da Ásia Menor e Gádis, cidade da Bética, província da Hispânia.

[4] Tituli: 1138 DE PESTILENTIA ATHENIENSIVM.

[5] Início do fragmento “A peste de Atenas”.

[6] Dois epítetos para a cidade de Atenas: Cecrópia, porque teve Cécrope como primeiro rei; Pandíon foi filho de Cécrope II (pandionius significa “cidadão de Atenas”).

[7] É um epíteto para a erisipela, tipo de inflamação da pele.