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Arrigo, romance histórico de Marcelo Ridenti

Marcelo Ridenti é um brilhante sociólogo da cultura, e seus livros dão uma contribuição notável para a história cultural da esquerda no Brasil. Por que decidiu agora redigir um romance? Creio que Ridenti se deu conta – como muitos de nós, cientistas sociais – de que a literatura é capaz de produzir um conhecimento da realidade que vai além do que consegue propor a ciência. Graças à dimensão subjetiva da obra literária, alcançamos uma visão mais rica e profunda da história. E este romance ilustra bem essa regra.

A narrativa surge como uma biografia do “camarada do edifício Esplendor”, o velho revolucionário – não arrependido! – Arrigo, que é, sem dúvida, inspirado, ao menos em parte, num verdadeiro herói do povo brasileiro: Apolonio de Carvalho. Encontramos, por isso, no romance, episódios como a greve geral de 1917, em São Paulo; a intentona comunista de 1935; as brigadas internacionais na Espanha; a resistência na França; a luta contra a ditadura no Brasil; as torturas que sofreram os prisioneiros políticos. E Ridenti traduz esse material na linguagem literária da imaginação, sem deixar de fora cenas fantásticas, a tradição “mágica” do romance latino-americano.

Os leitores vão devorar de um só trago esta narrativa ao mesmo tempo épica e irônica – bela combinação – não só da vida do protagonista, mas da história da esquerda brasileira. Eventos e personagens, paixões revolucionárias e paixões eróticas. Como outros personagens literários, o camarada Arrigo merece entrar na cena da cultura revolucionária brasileira.

 

Lançamento: livraria Megafauna no edifício Copan, centro de São Paulo.
Terça-feira, 28 de fevereiro às 19 hs.

Pré-venda do livro no link da editora Boitempo:
https://www.boitempoeditorial.com.br/produto/arrigo-1311