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O POETA SHEVCHENKO

  1. A história russa se repete

“Há dois lados nesse conflito: a vítima e o agressor.”

Kirill Martinov (editor-chefe do Novaia Gazeta Europe, braço do jornal russo fechado por Moscou)

Assim como o Egito é “uma dádiva do Nilo”, a Ucrânia é uma possibilidade do Dnipro (em ucraniano, Дніпро). O grande rio que corta o país ao meio também foi o meio pelo qual seus fundadores chegaram às grandes planícies do sul que se tornariam a Ucrânia. Navegando do Báltico ao Mar Negro em demanda de Constantinopla, pelo Danúbio, o Vístula, o Oder, o Dnipro, comerciantes varegues (vulgo vikings) fundaram (refundaram) o entreposto eslavo de Kyiv (Kiev) às margens do rio, em torno do ano 900.  Era o nascimento do Rus de Kyiv, núcleo original das nações eslavas do norte, incluindo sua futura nêmesis, a Rússia (Moscou foi fundada por Kiev). Nêmesis futura de todos os ucranianos, em algum momento da vida do país e das vidas de seus naturais.

Como descendente de judeus ucranianos que, há exatos cem anos, em 1921, fugiram de Kiev e de Odessa para escapar de mais um espasmo russo de brutalidade e barbárie, barbárie e brutalidade russas que outra vez se abatiam então sobre a Ucrânia, com a selvagem guerra civil “russa” que engolfava o Império (o Império era de fato russo; a guerra civil foi tanto russa quanto ucraniana, bielorrussa, georgiana etc., pois o Império vivia e morria dos e com os povos e países dominados), desconheço palavras apropriadas para referir o mais que infame cinismo de Vladimir Putin ao fingir pretender justificar sua atual agressão homicida pela salvação dos ucranianos de seu “neonazismo”. Putin pretende salvar a Ucrânia e os ucranianos de si mesmos; salvar os ucranianos destruindo a Ucrânia e os ucranianos, conhecido vezo do imperialismo russo (não é a primeira vez que a “Mãe Rússia” assim o pretende; é preciso que seja a última).

Inútil repetir o que já foi repetido até a exaustão e a náusea: os “argumentos” de Putin (réu por crimes de guerra pelo Tribunal Internacional de Haia) não são argumentos, mas mentira, propaganda e infâmia. Inútil repetir mas, por isso mesmo, paradoxalmente necessário: a Otan jamais avançou para o Leste (se de fato avançasse, seus exércitos em marcha não passariam despercebidos). Os países do Leste europeu entraram na Otan depois de se candidatarem, de se prontificarem, de se voluntariarem, como fazem agora a Suécia e a Finlândia (invadida pelos russos em 1939 e novamente em 1945), abandonando décadas de neutralidade em reação à invasão da Ucrânia. Os países do Leste europeu também assim o fizeram, quando o enorme ruído da queda da URSS ainda não parara de ecoar, para se livrar definitivamente da perene sombra sangrenta do Império Russo, hoje rebatizado de Federação Russa. A Polônia e os países bálticos que o digam. E eles o dizem e redizem. Por falar em bálticos, há mais de uma década a Otan tem (extensa) fronteira com a Rússia. Logo, a Otan não chegaria às fronteiras russas com a possível adesão da Ucrânia. Mentira goebbellsiana. A invasão da Ucrânia não tem outro motivo além do óbvio, porque a Rússia é óbvia (não bastassem as infames construções retóricas, mas obscenamente explícitas, de Vladimir Putin): trata-se do histórico nacional-imperialismo russo, agora em sua terceira dentição (Império czarista, União Soviética, Federação Russa – que só no século XXI já invadiu e ocupou partes da Moldávia, da Geórgia e da Ucrânia; esta, mais de uma vez, desde 2014).

Os motivos do imperialismo russo na Ucrânia são muitos. Pelo importante porto de Sebastopol, a Crimeia dá à Rússia acesso ao Mar Negro, que dá acesso ao Mediterrâneo, que dá acesso ao Índico via Suez e ao Atlântico via Gibraltar; o Donbas é uma grande fonte de recursos minerais, incluindo carvão e ferro; a Ucrânia possui uma enorme área da terra mais fértil do mundo (tchernozion). A Rússia tem um sério problema de decrescimento demográfico, que a incorporação forçada de 40 milhões de eslavos ucranianos resolveria satisfatoriamente; a Ucrânia é um país com tradição industrial e tecnológica (incluindo militar: naval [Crimeia); espacial [construção de motores de foguetes]; aeronáutica [Antonov]). Avançar militarmente sobre um país europeu (sobre qualquer país) visando a anexação e a mudança armada de fronteiras confronta a ordem internacional pós-Segunda Guerra Mundial; fazê-lo serviria para demonstrar o “direito” (o poder) de a Rússia de Putin impor ao mundo suas próprias regras (o que a propaganda russa chama cinicamente de “nova ordem mundial”). Os motivos do imperialismo russo na Ucrânia são muitos; mas o primeiro e principal é autoexplicativo: o imperialismo é imperialista.

Como descendente, também, de um ramo da família profundamente envolvido com a história do PCB, de seus inícios aos anos Prestes, vejo sem espanto nem surpresa parte importante da esquerda nativa ou se entregar à defesa alegre e orgulhosa de Putin e de sua guerra de agressão nacional-imperialista, ou abraçar os mais podres e puídos argumentos maniqueístas para justificar o injustificável, em nome do maior cacoete mental e moral da (pós-)esquerda, o antiamericanismo fácil e satisfeito dos antiamericanistas satisfeitos e fáceis  (as esquerdas são, hoje, na verdade a pós-esquerda).

Reconhecer a obviedade histórica e geopolítica do insepulto imperialismo russo acrescentaria um problema a um contratempo para os putinistas em particular e para parte importante da pós-esquerda em geral: questionar o antiamericanismo automático. Se os EUA não tem ou detém o monopólio dos imperialismos, como atacar automática e especialmente os EUA em nome do anti-imperialismo? O anti-imperialismo honesto teria de incluir a condenação cabal do brutal imperialismo russo, inimigo dos EUA, complicando bastante a equação. E a pós-esquerda gosta da simplicidade das verdades fáceis, ou da facilidade das verdades simples (isto é, ingênuas). Além disso, o antiamericanismo maniqueísta não é e não pode ser intelectualmente honesto. Pois se trata, de fato, de antiocidentalismo e antidemocratismo (mal) disfarçados. Por isso Putin, um autocrata antiocidentalista e liberticida, agrada tanto a tantos pós-esquerdistas seletivamente “anti-imperialistas”.

Além dos “pacifistas automáticos”. Eles querem a “paz” a qualquer momento, em quaisquer termos – e a qualquer custo (para os ucranianos). A começar da China e sua brutal ditadura de partido único (o que precisa ser sempre repetido, em função dos amenésicos instrumentais). China que está agora entregue à farsa de seu “plano de paz” obeso de boas intenções mas que não tem outro objetivo além de pintar os EUA como “belicosos” (ao rejeitarem de antemão um plano inaceitável, pois não exige a retirada russa) e aliviar a imagem sangrenta da agressividade de Moscou. Pequim não quer salvar a Ucrânia da barbárie da agressão russa, mas a Rússia do desastre de sua agressão. Pequim trabalha por uma Rússia enfraquecida como sócia econômica e geopolítica menor e subserviente, portanto, não pela Ucrânia nem pela paz, mas para prevenir uma derrota russa e a queda de Putin. Para prevenir a derrota russa precisa congelar a guerra. Para congelar a guerra precisa de negociações de “paz”. Enquanto se prepara para levar a guerra ao Pacífico, via ataque a Taiwan. Além de proteger sua protegida, a China também pretende aumentar seu cacife como “campeã dos fracos e oprimidos” contra a mesma ordem mundial construída e instituída pelos Aliados após a vitória na Segunda Guerra Mundial e a derrota do nazifascismo. Apesar dessa virtude de origem, a ordem mundial das democracias liberais não foi, não é e não será perfeita. Mas imaginar que uma alternativa liderada pela China e apoiada por seu séquito medonho de aliados, Rússia, Irã, Coreia do Norte, Venezuela etc., ou seja, toda a escória das piores ditaduras atuais, poderia ser menos pior, não é imaginar nada, mas delirar, se enganar ou ambos (o que a voluntária cegueira ideológica explica, mas não justifica).

Em tal contexto, a posição do governo brasileiro é, numa palavra, pusilânime: apóia um ditador agressor (pois não apóia uma democracia agredida), mas não assume apoiar um ditador agressor. E faz o jogo de cena “civilizado” de se juntar a moções majoritárias da ONU de condenação verbal à Rússia, enquanto nega consistentemente qualquer forma de apoio à Ucrânia. O que, não por acaso, rima com infâmia. Tudo em nome da soberba “soberania”: isto é, da autonomia da indignidade. E da “neutralidade” oportunista (neutralidade face à agressão é apoio à agressão, e apoio à agressão não é neutralidade). Alimentada, por sua vez, pela versão tupiniquim da Realpolitik: “O Brasil depende dos fertilizantes russos”. Pouco importa que eles venham sujos de sangue. Pouco importa que a Alemanha, muito mais aguda e sensivelmente, dependesse do gás russo, e tenha se livrado dele. Pouco importa que existam outras fontes de fertilizantes. Pouco importa que essa dependência seja um fruto podre da inépcia, da inoperância e da inércia (nada impede que o país produza seus fertilizantes, a não ser a inércia, a inoperância e a inépcia). Por fim, não menos oportunista nem pusilânime (ainda que teatral, pela irrelevância geopolítica do país), propõe indefinidas “negociações de paz” à chinesa.[1]

Os cínicos da “paz” ignoram Churchill: “Não se negocia com o tigre quando se está com a cabeça na boca do tigre”. Para mau entendedor uma boa frase não basta. Traduzindo, então: tal “negociação” não seria negociação nenhuma. Não há nenhuma negociação que mereça o nome quando as grandes garras do urso russo estão cravadas e se cravando mais na carne da Ucrânia. Só existe rendição, que é igual a morte, ou resistência, que é o mesmo que sobrevivência. Como tantos já disseram: “Se a Rússia parar de atirar, a guerra acaba; se a Ucrânia parar de atirar, a Ucrânia acaba”. Não parece tão difícil de entender. Se o for, a poesia de Taras Shevchenko talvez possa ajudar. Se para tão maus entendedores a melhor poesia pudesse operar milagres.

  1. Taras Shevchenko I

Em abril de 2022, a estátua [de Shevchenko] na cidade de Borodianka foi alvejada na cabeça pelas tropas russas. Como se fosse um combatente real. Se mais não houvesse, bastar-nos-ia esse gesto de ódio para saber que o homem morreu há muito mas suas palavras continuam a ter o poder de uma bandeira.[2]

Taras Shevchenko (1814-1861) é o poeta nacional da Ucrânia. Não no sentido de poeta oficial, mas no sentido de poeta brechtiano: “triste o país que precisa de heróis”; triste o país que tem poetas nacionais porque precisa tê-los (mais tristes, apenas os que precisam e não os têm, como o Brasil). Shevchenko é o poeta nacional da Ucrânia assim como Chopin é o compositor nacional da Polônia. Porque em um período (século XIX) em que seus países foram invadidos e obliterados por potências vizinhas (incluindo, sempre, a Rússia), e em que não apenas sua independência política, mas também suas línguas e suas culturas foram ameaçadas de destruição (inclusive, sempre, pela Rússia), tanto Chopin quanto Shevchenko encontraram na língua, na música e na cultura popular polonesa e ucraniana os meios de resistir à devastação e à obliteração, realimentando-se e realimentando o que se queria obliterar e devastar. Poloneses e ucranianos não ouvem apenas Chopin ou leem apenas Shevchenko quando apenas leem Shevchenko ou ouvem Chopin.

Taras Shevchenko é o poeta nacional da Ucrânia – mas não é um poeta nacionalista. Pois não se trata aqui de idealismo, de nacionalismo – mas de empirismo, de realismo. De ucranismo – o que não se confunde com o provincianismo e o chauvinismo do nacionalismo estreito e excludente (como o russo). Trata-se de uma necessidade – da necessidade de afirmação e defesa de um lugar de liberdade pragmática e existencial dos e para os ucranianos, face à ameaça perene e à reiterada presença das botas do agressor, ou seja, da ameaça próxima ou da realidade imediata da servidão e da destruição. Numa palavra, Holodomor (“Morte por fome”, em ucraniano: no início dos anos 1930, cerca de 10% de uma população, à época, de 30 milhões de ucranianos morreram de fome por ações deliberadas do governo soviético; toda a produção de grãos foi sistematicamente confiscada e levada para a Rússia, visando impor a coletivização forçada das terras agrícolas, a destruição do nacionalismo ucraniano e a obtenção de divisas para a Rússia, via exportação dos grãos ucranianos).

A Ucrânia, afinal, como “sabem” os russos (e ainda que só eles o “saibam”), não existe. Se existe, não deveria existir. Tampouco deveria existir, então, um poeta ucraniano em língua ucraniana, com temas ucranianos. Shevchenko foi, senão a primeira, a mais forte afirmação da existência de uma língua e de uma cultura ucranianas, portanto, de um povo ucraniano, logo, de uma nação ucraniana, sempre negada e sempre ameaçada. Assim como, não por acaso, sua própria existência e de sua obra.

Fundador da moderna literatura ucraniana e defensor da independência da Ucrânia, além de autor de poemas em ucraniano (incluindo sátiras à família imperial russa), em 1847 seria preso e exilado em Orsk, nos Urais. Foi recomendado na sentença que o prisioneiro ficasse sob vigilância estrita, proibido de escrever e de pintar (era também pintor).

Os temas de Shevchenko foram-lhe impostos por seu tempo e por suas circunstâncias (para parafrasear Ortega y Gasset), que eram os de seu país. Shevchenko, assim como Chopin (não apenas em suas – não por acaso – Polonaises) aceitou-os, não como quem se rende, mas como quem não escolhe o inimigo; portanto, como quem não se rende.

Numa época, a atual, em que a arte engajada, ainda que chamada de “política”, é não apenas incensada, mas exigida, restando à arte não engajada (ou não engajada “corretamente”) o repúdio pesado ou a pesada indiferença, o engajamento exigido mostra-se enorme na agressividade da exigência, mas microscópico no teor do que se exige. No século XX, a arte engajada era “de esquerda”: tratava-se de uma “companheira de viagem” da grande marcha rumo ao futuro socialista. Hoje, ela é de pós-esquerda: a arte identitária, ramo da velha árvore do “politicamente correto”. E a mera correção política, por mais “correta” que seja, jamais levará à revolução. Além disso, sendo meramente política (ou seja, discursivo-militante), tampouco levará a qualquer arte esteticamente poderosa.[3]

A poesia de Shevchenko é política sem ser simplesmente engajada, e engajada sem ser obviamente “política”: um poeta ucraniano não poderia (no sentido de que não conseguiria), em seu tempo e em suas circunstâncias, escrever, por exemplo, sobre girassóis e sobre girassóis somente, fazendo “giros” sintáticos para o significante mimetizar o significado, e elidir, assim, o incontornável fato parassemântico (que o leitor ucraniano imporia ao poema, reiterando sua presença explícita ou sombreando uma ausência também explícita) de que vastas plantações de girassóis cobrem boa parte da Ucrânia (a metade amarela inferior da bandeira do país é uma referência ao mesmo tempo heráldica e visual, evocando os campos de girassol e de trigo do sul; o azul celeste acima idem, evocando o céu sobre a planície ucraniana). As mesmas plantações sempre pisoteadas, formal e metaforicamente, por todo invasor.

  1. Taras Shevchenko II

“Taras Shevchenko nasceu [sob o status imperial de] servo em 1814 na região de Tcherkássi, na Ucrânia governada pela Rússia. Seu talento como artista lhe trouxe inesperadamente a liberdade: em 1831, seu mestre, um pequeno senhor [ainda] feudal, levou Shevchenko como sua propriedade para São Petersburgo, onde permitiu que tivesse aulas de arte. [O] talento múltipo de Shevchenko [também desenhista e pintor] logo foi reconhecido pelos maiores especialistas [russos e ucranianos da época]. Em 1838, foi alforriado do servilismo [russo-feudal] por um grupo de célebres artistas e figuras culturais […].

Seria preso em Kiev, em 1847, por integrar uma sociedade secreta que ousou elaborar a ideia de uma parceria livre, igualitária e democrática das nações eslavas – um Estados Eslavos Unidos. […] Foi libertado após dez anos de cativeiro, de banimento e de serviço militar como soldado raso do exército russo em uma área remota no atual Cazaquistão […].

Envelhecido prematuramente e com a saúde debilitada pelas adversidades que teve de suportar, Taras Shevchenko morreu em março de 1861, aos 47 anos. Infelizmente, não veria a abolição da servidão no Império Russo, ocorrida sete dias depois.”[4]

Mas, felizmente, tampouco veria as sucessivas tentativas russas posteriores de impor a servidão política ao conjunto da população ucraniana.


[1] A pusilanimidade brasileira se reitera no absoluto silêncio (incluindo a completa inação em bastidores diplomáticos) em relação à violência interna sistemática do governo de Pequim. O mesmo, institucionalmente, do massacre da Praça da Paz Celestial, e da opressão em Hong Kong e no Tibet, dos campos de concentração em Xinjiang, da censura geral e irrestrita, das penas de morte desenfreadas etc. Numa palavra, do medo.

[2] Maria João Martins. “Taras Shevchenko, poeta nacional da Ucrânia”.  Lisboa, Diário de Notícias, 24 Fevereiro 2023 [ano 1 da agressão russa]. Acessível em https://www.dn.pt/cultura/taras-shevchenko-poeta-nacional-da-ucrania-15890632.html.

[3] O contrário é necessariamente verdadeiro. Para piorar, há ainda a enorme toxicidade epistêmico-intelectual que o identitarismo-lgbtismo desenfreado tem tentado impor e imposto à arte, ao pensamento e ao conhecimento ocidentais (o restante do mundo, ou seja, sua imensa maior parte, é indiferente ou hostil; trata-se, muito ironicamente, de mais um ocidentalismo).

[4] Bohdan Nahaylo, chief editor. “Shevchenko and Aldridge: Unbound Prometheans who Bonded”.  Acessível em https://www.kyivpost.com/post/14050 [trad. L. Dolhnikoff].


 Sobre Luis Dolhnikoff

Luis Dolhnikoff estudou Medicina (1980-1985, FMUSP) e Letras Clássicas (1983-1985, FFLCH-USP). Entre 1990 e 1994, co-organizou em São Paulo, ao lado de Haroldo de Campos, o Bloomsday SP, homenagem anual a James Joyce. Em 2005, recebeu uma Bolsa Vitae de Artes para estudar a vida e a obra do poeta Pedro Xisto. Entre 2006 e 20014, foi articulista de política internacional na Revista 18, do Centro de Cultura Judaica de São Paulo. Como crítico literário e articulista, colaborou, a partir de 1997, com os jornais O Estado de S. Paulo, A Notícia, Diário Catarinense, Gazeta do Povo, Clarín e, recentemente, Folha de S. Paulo, bem como em várias revistas. É autor do livro de contos Os homens de ferro (São Paulo, Olavobrás, 1992), além dos livros de poemas Pânico (São Paulo, Expressão, 1986, apresentação Paulo Leminski), Impressões digitais (São Paulo, Olavobrás, 1990), Lodo (São Paulo, Ateliê, 2009), As rugosidades do caos (São Paulo, Quatro Cantos, 2015, apresentação Aurora Bernardini, finalista do Prêmio Jabuti 2016) e Impressões do pântano (São Paulo, Quatro Cantos, 2020).