Vocês, não sei. Mas não assino nem canhoto de rifa sem saber exatamente o que estou assinando. E não assinei e não vou assinar o abaixo assinado que tem circulado a respeito de Frederico Barbosa.
Porque:
1) acompanhei o caso (meio de longe) desde o começo, quando li em Sibila a crítica de Luis Dolhnikoff e “compartilhei”, mesmo sem concordar inteiramente, aqui no Facebook. Por que compartilhar algo com que não concordo, ou concordo só em parte? Porque o debate me parece interessante e importante. Acredito não ser o único a ter essa opinião.
2) o abaixo-assinado está sendo usado para desviar a atenção de um acontecimento grave. Um acontecimento que, mesmo admitindo a vaga possibilidade de ser coincidência e mal-entendido, exige esclarecimento. Para maior clareza: acho concebível, com algum esforço, que o poema de Frederico Barbosa em Cronópios não tenha sido dirigido a Régis Bonvicino, editor de Sibila. É possível, mas muitíssimo improvável. E, assim, exige algo mais do que o longo e sarcástico texto que lhe foi posteriormente acrescentado à guisa de preâmbulo.
3) acho que o tempo que os promotores e eventuais beneficiários do abaixo-assinado gastam com isso seria mais bem empregado dando resposta franca, objetiva e direta às críticas feitas por Luis Dolhnikoff.
4) os termos do abaixo-assinado descrevem mal o que sucedeu, desqualificam injustamente o autor da crítica e o veículo que a publicou e levam o leitor menos avisado a uma conclusão errônea.
Leiam a crítica de Luis Dolhnikoff em Sibila. Leiam o poema de Frederico Barbosa em Cronópios (em tempo, não custa repetir, o longo preâmbulo posterior à confusão que se armou). Leiam as manifestações de Régis Bonvicino a respeito. Aí, sim, leiam o texto do abaixo-assinado e decidam se é ou não algo a que gostariam de associar seus nomes. Eu não gostaria. Allan Vidigal