dormir o corpo
adiposo no edredom
florido
ocultar a epilepsia
imaginária
ouvindo Joy Division
fugir do sono derradeiro
que se refaz nas
barbas noturnas
morder angústias
picando na aorta
água marinha
faisão mastiga o
boldo das horas
sonho tapa
a lucidez
dos sisos
sombra presa em
trapiches podres
amar o inexistente
vazio preenchido com vazio
múmia, pele sem órgãos
casca de cobra na floresta
o creme da vida é luz
atravessando vitrais
de igrejas iluminando uma
das faces
ajoelha-se o homem
implorando a melissa das manhãs