Tema: Lugares contemporâneos da poesia
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- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Vincent Broqua
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Roger Santiváñez
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: François Luong
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Mercedes Roffé
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Iván Humanes
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Thérèse Bachand
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Enrique Winter
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Fernando Escobar Páez
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Carlo Bordini
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Ko Ko Thett
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Norbert Lange
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Douglas Messerli
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Fernando Aguiar
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Zhang Er
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Alberte Momán
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Reynaldo Jiménez
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Paula Claire
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Michel Deguy
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Abreu Paxe
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Jennifer Scappettone
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Viacheslav Kupriianov
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Rery Maldonado
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Cristino Bogado
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Charles Bernstein
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Tarássik Petritchenka
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Tina Quintana
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Felipe Cussen
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: John Yau
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Martín Gubbins
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Yu Jian
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Jean-Marie Gleize
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Jean-Jacques Viton
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Maggie O’Sullivan
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Paul Hoover
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Nanni Balestrini
- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Yi Sha
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- Sibila, lugares contemporâneos da poesia: Eduardo Milán
- Sibila, Lugares contemporâneos da poesia: Zeyar Lynn
Lugares contemporâneos da poesia
Concepção do projeto: Alcir Pécora e Régis Bonvicino
Texto introdutório: Alcir Pécora
Realização: Régis Bonvicino, com a colaboração de Aurora Bernardini e Charles Bernstein
Há reiterados momentos do contemporâneo em que a prática da poesia se parece exatamente apenas uma prática, uma empiria, uma rotina. Faz-se poesia porque poesia é feita. Edita-se poesia porque livros de poesia são editados e foram editados. Por que não continuar editando-os?
Mas qual o significado da arte, quando a arte se reduz a empiria, procedimento habitual que não problematiza os seus meios? Que deixa de inventar os seus próprios fins? Que não desconfia de sua forma conhecida, nem arrisca um lance contra si, inconformada?
Para tentar saber o que pensam a respeito da poesia que produzem alguns dos mais destacados poetas estrangeiros em ação hoje, a Revista Sibila propôs-lhes algumas perguntas simples, primitivas até – silly questions! –, cujo escopo principal é deixar de tomar como naturais ou óbvios os automatismos da prática.
Trata-se de saber dos poetas, da maneira mais direta possível, o que ainda os move a ler, a escrever e a lançar um livro de poesia – ou, mais genericamente, a publicar poesia, seja qual for o suporte.
A condição de, por ora, ouvir apenas os estrangeiros é estratégica aqui. Convém evitar respostas que possam ser neutralizadas a priori por posicionamentos desconfiados de vizinhança.
Leitura de poesia, esforço de poesia e publicação de poesia: nada disso é compulsório, nada disso se explica de antemão. Tudo o que se faz, nesse domínio, é fruto de exigência apenas imaginária. Nada obriga, a não ser a obrigação que se inventa para si.
A revista Sibila quer saber que invenção é essa. Ou seja: o que os poetas ainda podem imaginar para a prática que os define como poetas.
Contemporary places for poetry
There are plenty of moments in our current life when the practice of poetry seems exactly a practice, something empirical, a kind of routine. One makes poetry because poetry has been made. One publishes poetry because books of poetry are published and were published, why not going on publishing them?
But what meaning does art have when art is reduced to empiricism, the habitual procedure which doesn’t discuss its means? Which doesn’t any longer make up its own aims? Which is not suspicious of its usual form, nor runs the risk of a move against itself, unresigned?
Trying to know what some of the most distinguished foreign poets in action today think about their own poetry, Sibila proposed some very simple questions, some naïve questions – silly questions! –, whose principal aim is no longer to consider as natural ( as obvious) the automatisms of the poetical practice.
Sibila asks the poets to tell in the more direct way what still moves them to read, to write, to publish a book of poetry – or, more generically, to publish poetry, in whatever support.
The choice, for the moment, to listen only to foreign poets’ voice is a strategic one. It’s better to avoid answers which would be neutralized a priori, due to suspicious neighbourly attitudes.
Reading poetry, straining to write poetry, publishing poetry: not at all compulsory, all this, not at all explainable in advance. Everything you do in this domain is the result of mere imaginary exacting. Nothing obliges you, unless the obligation you invent yourself, for yourself. Sibila wants to know what kind of invention is that. Id est: what poets may still make up for the practice which defines them as poets.